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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mapa de risco a ocupação - Planejamento Urbano.

O SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E SUA APLICAÇÃO AOS ESTUDOS DE OCUPAÇÃO URBANA: O CASO DE LAGOA SANTA – MINAS GERAIS (Artigo).

Um Sistema de Informação Geográfica (SIG) pode ser importante instrumento de auxílio para o planejamento urbano, pois é capaz de contribuir para a coleta, manipulação e análise de dados espaciais e de produzir um inventário sobre as cidades e diversas representações cartográficas destes dados georreferenciados. Para a confecção de mapas sínteses de risco a ocupação, são elaborados mapas temáticos acerca das informações sobre o sítio de determinado local, tais como:


Mapa 1 - declividade e vulnerabilidade erosiva devido a declividade (Lagoa Santa/MG).

Mapa 2 -  litológico e vulnerabilidade de quedas de barreiras (Lagoa Santa/MG).


Mapa 3 -  solos (pedológicos) e vulnerabilidade abatimento do solo e voçorocamento (Lagoa Santa/MG)

Mapa 4 -  pluviosidade e vulnerabilidade associada a chuvas (Lagoa Santa/MG)

Mapa 5 - ocupação do solo e vulnerabilidade quanto a impermeabilidade do solo (Lagoa Santa/MG)

Estes mapas foram elaborados por meio do SIG, no qual foi possível correlacionar estas informações, para se representar as áreas mais susceptíveis aos riscos e as de maior vulnerabilidade erosiva em relação à ocupação humana do município. Estas unidades ecodinâmicas foram consideradas as mais representativas no que diz respeito à vulnerabilidade erosiva, tendo como parâmetro primordial a disponibilidade dos dados referentes ao sítio de Lagoa Santa. Foram atribuídos pesos de 0 a 100% para cada uma das informações sobre o sítio e notas de 1 a 3 para cada classe, seguindo os critérios de vulnerabilidade propostos por Crepani e outros (2008), Moura (2003), Lima e Souza (2007) e Rocha (2008). 

Estes autores fundamentaram seus trabalhos no conceito da Ecodinâmica de Tricart. Foram atribuídas notas 1 para os meios estáveis, notas 2 para os meios intergrades e nota 3 para os meios fortemente instáveis. Os pesos foram atribuídos de modo a dar mais relevância aos aspectos ambientais que oferecem maiores riscos à ocupação humana.

Os mapas temáticos (Mapas1, 2 , 3 ,4 e 5) foram elaborados no software ArcGis, assim como a síntese destes (Mapa 6), utilizando-se da ferramenta spatial analyst. A cada pixel dos mapas temáticos foi atribuída uma nota correspondente ao seu grau de vulnerabilidade. 

Mapa 6 - Síntese de risco a ocupação humana em Lagoa Santa – Minas Gerais.


No mapa síntese foram agrupadas todas as informações das classes de vulnerabilidade com seus respectivos pesos. Deste modo, cada pixel do mapa síntese apresenta um valor de 1 a 3. Assim como Crepani e outros (2008), neste trabalho admitiu-se cinco classes de vulnerabilidade: estável (1,0 a 1,3), moderadamente estável (1,4 a 1,7), medianamente estável / vulnerável (1,8 a 2,2), moderadamente vulnerável (2,3 a 2,6) e vulnerável (2,7 a 3,0).

Os SIG’s servem como apoio na delimitação de áreas propicia à ocupação, assim como apoio para o controle e fiscalização dessas áreas. O mapa síntese apresentado é um exemplo das diversas aplicações desta tecnologia. Sendo assim, a utilização do SIG permite maior conhecimento do território, bem como o acompanhamento de suas transformações; o que é possível desde que, frequentemente, seja feito atualizações no banco de dados. As informações contidas no mapa síntese de risco a ocupação poderão sempre ser atualizadas em ambientes SIG, de forma dinâmica e eficiente, agregando-se ainda outras informações, que sejam relevantes na definição das áreas de risco.

Autores do artigo e mapeamentos:

Regiane Benta Pereira
Thiago Leonardo Soares
Guilherme Luíz Lopes Ferreira
Natália Nogueira de Oliveira
Ana Márcia Moreira Alvim

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E ainda poderá conferir alguns dicas de localidades em GEOtravel, uma caderneta de campo, contendo locais, dicas e imagens de diversos locais visitados. Prós e Contras, além de pontuação subjetivas sobre o local (de 0 a 10). Exemplos:




Serra do Cipó: 31/06/2011

Serra do Cipó:

Uma das principais paisagens de Minas Gerais, compartimento da Serra do Espinhaço. Cerca de 100 Km de Belo Horizonte, possui inúmeras pousadas e cachoeiras. O que mais chama a atenção é a paisagem cinza (rochas de granito e gnaisse), verde (campos rupestres) e azul (céu). Ótimo destino para realxar e meditar.


Prós: Possui uma infraestrutura adequada para receber visitantes e para esportes de aventuras.
Contras: É distante pra quem mora em BH.
Nota: 9



Serra da Piedade - Caeté/ MG - 24/09/2011 
Serra da Piedade:

Pico de 1.751 metros situado no município de Caeté - MG (Cerca de 47 Km de Belo Horizonte).
Possui a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, totalmente reformada, situada no pico da serra. Do loca é possível avistar grande parte de Belo Horizonte e cidades vizinhas. Possui ainda o observatório astronômico da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e pequenas grutas.

Prós: Tranquilidade perfeito para metição e orações. Ainda conta com lanchonete e restaurante.
Contras: Pouca possibilidade de andar pela serra, devido a falta de segurança, o que ocasiona pouca interatividade entre os visitantes e a natureza. Estrada muito cheio de curvas
Nota: 7




Museu Inhotim: 18/11/2011
Museu de Arte Inhotim


Museu em Brumadinho - MG (cerca de 60 km de Belo Horizonte) que integra arte contemporânea com natureza. Sugiro o "MEGA TREGA OMELETE" para almoço reforçado.


Prós:  Surpreendentes obras e galerias (que deveriam ser melhores aproveitadas, pelo espaço que tem).
Contras: Falta melhor explicação para as obras (talvez se eu fosse gringo entenderia melhor).
Nota: 7


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mapa de Índice Ecológico-Econômico (IEE)

  O índice Ecológico-Econômico (IEE) é o resultado da combinação lógico-intuitiva dos vários níveis de potencialidade econômica-social com os de vulnerabilidade natural. As possíveis combinações permitem agrupar áreas semelhantes quanto à severidade dos problemas ambientais e dos potenciais sociais que nelas podem ser encontrados.


Índice Ecológico Econômico (IEE) do vetor norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)


   O potencialidade econômica-social da população do vetor norte da RMBH pode ser obtida através da análise de dados socioeconômicos da população da região, tais como: Expectativa de Vida ao Nascer, Taxa de Analfabetismo, Taxa Bruta de Frenquência Escolar, Renda Per Capta, Taxa de Tratamento de Esgoto, População Total da RMBH, Taxa de Pobreza, Índice de Carência Habitacional, Densidade de Malha Viária e Ferroviária. Mas para que se evitasse redundância nos dados, e a excesso de variáveis sem grande significância algumas destas não compuseram o potencial.

   Para que se pudesse calcular a vulnerabilidade natural do vetor foram utilizados dados como Solo, Geologia, Declividade, Precipitação, afim de se compreender todas as características físicas desta área podendo assim delimitar possíveis áreas mais vulneráveis.

   A potencialidade econômica-social e a vulnerabilidade natural, poderam ser obtidos por meio de uma série te técnicas computacionais empregados no software ArcGis onde: Delimitou-se a área de estudo, realizando um recorte dentro da RMBH, feito isto foram aplicadas informações ao Sphape do Vetor Norte da RMBH, feito isto pegou-se os mapas originados por esta informações e os transformou em Raster, para que os mesmos pudessem ser reclassificados e assim somados, gerando assim o mapa síntese, este mapa síntese por sua vez passa então por uma divisão de classes que vão de Muito Favorável à Muito Precário, chegando então ao potencialidade econômica-social e vulnerabilidade natural. (OS VALORES DAS CLASSIFICAÇÕES FORAM OBTIDAS A PARTIR CREPANI et al, 1998)

   A reclassificação de cada uma destas variáveis é de extrema importância pois permite dar valor a cada uma destas variáveis, levando em consideração de cada uma
delas tem uma importância diferenciada no processo natural ou socioeconômico que modela a paisagem.
Tendo-se então dois mapas síntese, os mesmos foram novamente transformados em Rastar, para que mais uma vez pudessem ser reclassificados, originando assim o Índice Ecológico-Econômico do Vetor Norte da RMBH.

   O IEE é compreendido por cinco classes: AA = Terras de baixa vulnerabilidade em locais de alto potencial social; AB = Terras de alta vulnerabilidade em locais de alto potencial social; BA = Terras de baixa vulnerabilidade em locais de médio potencial social; BB = Terras de alta vulnerabilidade em locais de médio potencial social; CA = Terras de baixa vulnerabilidade em locais de baixo potencial social; CB = Terras de alta vulnerabilidade em locais de baixo potencial social.;

   As áreas classificadas como AA (Terras de baixa vulnerabilidade em locais de alto potencial social) é predominante na porções Sul do município de Pedro Leopoldo e Vespasiano, na porção oeste do município de São José da Lapa e na quase totalidade do Santa luzia. Estas áreas se encontram estáveis, sem maiores riscos ambientais e com alto potencial social. Estes municípios conseguem manter uma razoável qualdiade de vida para sua população e um forte setor econômico, principalmente no que diz respeito a industrias de transformação de calcário.

   Já nas áreas classificadas como AB (Terras de alta vulnerabilidade em locais de alto potencial social) compreende a porção norte do município de Pedro Leopoldo e Vespasiano, Porção do leste do município de São José da Lapa e uma pequena faixa na porção noroeste no município de Santa Luzia. Estes municípios apesar de estarem com alto potencial econômico possuem alta vulnerabilidade em suas terras, grande parte desta vulnerabilidade está associada ao litotipo com características cársticas que limitam o uso do solo nessas áreas.

   As áreas classificadas como AA (Terras de baixa vulnerabilidade em locais de médio potencial social); predominam nos Municípios de Lagoa Santa e no município de Ribeirão das Neves. O municopio de Lagoa Santa apesar de pretomimar em áreas de
baixa vulnerabilidade possui também em seu território áreas classificadas como BB (Terras de alta vulnerabilidade em locais de médio potencial social), este município é marcado por significante segregação socioespacial, onde áreas de baixa renda intercalam-se por luxuosos condomínios, a vulnerabilidade desta área justifica-se também pela geologia cárstica da região. O município de Ribeirão das Neves se compreende com médio potencial social pois é uma área demarcada como cidade dormitório, onde o setor industrial ainda se encontra de forma incipiente.

   As áreas classificadas como CA (Terras de baixa vulnerabilidade em locais de baixo potencial social) compreende grande parte do município de Tauquaraçu de Minas, Capim branco, Matozinhos, Baldim e Nova União, e pequenas porções ao norte do município de Jaboticatubas. Essas áreas possuem características físicas mais estáveis, planas, e com litologia estável. Sua economia é pouco desenvolvida, sendo atividades agropastoris a principal fonte de renda nesses municípios. O que gera pouca receita.

   Por fim os municípios classificados como CB (Terras de alta vulnerabilidade em locais de baixo potencial social) predominam na porção leste de Jaboticatubas e Nova União, onde a economia escontra-se estagnada e com terras com muitas limitações de ocupação, devendo-se investir em mais políticas de planejamento do uso e ocupação só solo.



Autor: Guilherme L. L. Ferreira 
guilhermellferreira@gmail.com

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A geografia não serve apenas pra fazer a guerra e vai muito além dos muros de uma escola.


Mapa I - Focos de dengue (altitude)

Pelas ferramentas do geoprocessamento é possível associar um fenômeno ou fato geográfico (neste caso os focos de dengue) com outro fenômeno ou fato geográfico (rios, lotes vagos, altitude). Desse modo é possível correlacionar as informações, de modo a definir quais ações devem ser tomadas. Além de uma análise espacial, o mapa ainda permite uma análise temporal do fato, já que permite identificar e separar (por cores diferentes) os meses de ocorrência do fato geográfico.

Mapa II - Focos de dengue (setor censitário)


Observa-se que os focos de dengue estão associados ao curso d'água em baixas altitudes, no mês de janeiro, que é mais chuvoso. Essas maior quantidade de focos está associada também as as questões demográficas e social, no qual o grande adensamento populacional, favorece os casos, assim como a baixa renda. 

Mapa III - Focos de dengue (pluviosidade)